GRAMA SENEPOL RECEBE PRÊMIO EFICIÊNCIA DA INTERGADO

Em participação no programa Giro do Boi, do Canal Rural, o melhorista Marcelo Neves Ribas comentou sobre o prêmio Criadores de Eficiência outorgado aos selecionadores preocupados em certificar seus animais quanto à eficiência alimentar com uso de tecnologia. A Grama Senepol é um dos agraciados e foi citada no programa.

Senepol da GRAMA: O Senepol EFICIENTE!

Primeiros touros

Após o acordo para compartilhamento da genética já nascida no Brasil dos embriões importados pelos parceiros na joint venture batizada “Reprodutouros”, os três primeiros touros Senepol contratados por centrais daquele projeto foram 850 da Repro (WC 850 x HBC Dolly 51H / AC 761), 5225 da Repro (CN 5225 x CN 6284F / CN 5806C), ambos nascidos na Grama, em fevereiro de 2002, e contratados pela Lagoa da Serra, além de Mustang da Repro (CN 5480 Hercules x SHR GY82 / El General AV189), de março de 2002. Na dissolução da parceria com Stéfani e Sacramento, a Grama acertou a aquisição de 5225 da Repro e 850 da Repro, vendidos posteriormente a outros criadores, que passaram a explorar esses melhoradores. Era o início de um altruísmo que a Grama demonstrou como forma de fomentar o crescimento da raça no País, como se seguirá nos próximos fascículos.

Senepol da GRAMA: O Senepol EFICIENTE!

Receptoras

Os novos criadores de Senepol do Brasil foram preparando a base de rebanho para receber os embriões em duas etapas e precisaram tomar todos os cuidados, inclusive legais, com aquela tecnologia que era nova. Os primeiros 550 embriões desembarcados no Aeroporto Internacional de Guarulhos/SP, em março de 2001, foram divididos entre os sócios e implantados com o sistema de compensação entre eles na forma de produtos nascidos.

A Grama tirou das 2000 matrizes F-1 que produziam o composto Montana as 800 mais bem preparadas para se tornarem receptoras. Todas virariam mães de produtos Senepol POI.

Por ser uma tecnologia ainda pouco utilizada no Brasil, cumpridos os trâmites legais vinham ainda algumas recomendações técnicas que os criadores teriam de cumprir para fazer valer o alto investimento naqueles embriões. Pauta para o próximo fascículo.

Senepol da GRAMA: O Senepol EFICIENTE!

Burocracia

A chegada do Senepol na forma de embriões congelados comprados na Georgia emperrou em questões que adiaram os planos da Grama e seus dois sócios. Um pouco por causa de protocolos de produção dos embriões de TE nos Estados Unidos, que não tinham volume suficiente de produção, já que não eram de FIV. Outro tanto por burocracias aduaneiras e de protocolos sanitários a cumprir lá e no Brasil. Ao invés de chegarem em setembro de 2000, só desembarcaram em março de 2001.

As obrigações alfandegárias geraram um grande trâmite de papéis providenciados pelos investidores, que ainda tiveram de respeitar um período de quarentena para os botijões, antes que fossem levados para a unidade da CFM-Leachman onde estava o Montana, na Fazenda Guariroba, em Pontes Gestal/SP, região de São José do Rio Preto.

Em meio a tanta expectativa dos criadores brasileiros em dar sequência ao plano de seleção do taurino adaptado que eles acabavam de introduzir no Brasil na forma de embriões, alguns cuidados técnicos precisaram ser rigorosamente seguidos, sob o risco de não vingar aqueles US$ 120 mil investidos na novidade da pecuária brasileira. Que cuidados foram esses é o que vamos contar já no próximo fascículo.

Senepol da GRAMA: O Senepol EFICIENTE!

Água com gás

Vacas Base Plantel Leachman 1999

JR Fernandes e os sócios na compra dos embriões de Senepol nos Estados Unidos tornaram-se proprietários de um botijão de nitrogênio que chegaria ao Brasil com material genético de parentes de raçadores que já forneciam sêmen altamente eficazes para projetos de cruzamento no Brasil com as melhores doadoras reunidas na Georgia, na propriedade da Leachman Cattle Company.

Eram fêmeas estruturadas, de um frame muito desejado, com muita funcionalidade de todas as características desejáveis a todos os selecionadores. JR Fernandes participou da seleção e dos acasalamentos com os técnicos americanos.

De noite, após baterem o martelo, os sócios tinham de celebrar o investimento vultuoso para a época – US$ 120 mil cada – e numa modalidade arrojada para eles, uma novidade ainda no Brasil, a transferência de embriões. Não havia champanhe no hotel e eles brindaram com taças de água com gás. Mesmo sem saber que resultado técnico e comercial teria aquela empreitada, depois do tim-tim começou para a Grama e seus sócios uma saga que contaremos a partir do próximo fascículo.