A Fazenda da Grama se estabeleceu em 1980, em Pirajuí/SP, para ampliar os negócios agropecuários de José Antônio Fernandes Netto e família, que até era focado apenas na agricultura.
Reinventar-se continuamente, com uso de tecnologias, desenvolvimento de ações comerciais de vanguarda e respeito sócio-ambiental, até se tornar referência na raça Senepol, passando antes pelo cruzamento industrial, que a Grama ajudou a introduzir no Brasil e que divide hoje espaço na propriedade com a cana-de-açúcar.
Como conhecia por ofício a necessidade do mercado por carne de qualidade, Júnior Fernandes estudou como técnico os caminhos mais rentáveis e seguros para desenvolver tal produto. Assumiu alguns papeis que o ajudaram a conduzir a Grama para a posição de precursão de algumas ferramentas que hoje são buscadas por diversos selecionadores. Começou no final da década de 1990, coordenando um programa de distribuição de genética do Montana, de onde partiu o interesse em uma das raças que formam esse composto. Foi então que aprofundou, em uma viagem aos Estados Unidos, em 1999, suas pesquisas e investigações a respeito do Senepol, que o convenceu pelos atributos naturais de produção, precocidade e potencial para produzir carne com rentabilidade e sustentabilidade.
No ano 2000, a Grama foi pioneira na importação de Senepol na forma de embriões, com genética cuidadosamente selecionada nos principais criatórios americanos. E nunca mais parou de selecionar a raça adaptada que vem crescendo a cada ano, por causa de suas aptidões zootécnicas e muito em função do que a Grama programou a cada safra com tecnologias que identificaram as melhores famílias a serem multiplicadas.
Essas ações arrastaram outros tantos produtores interessados em melhorar o seu negócio pecuário, produzindo carne a campo com eficiência, em menos tempo e com mais garantias. A procura por touros para o cruzamento industrial cresceu. Muitos selecionadores adotaram o Senepol para atender uma demanda crescente por essa ferramenta. E buscam material genético, exatamente, na Fazenda da Grama, uma das primeiras do Estado de São Paulo a receber a certificação GlobalGap.
Em 16 anos, a marca da família Fernandes se tornou essa referência graças à responsabilidade difundida entre todos os adeptos de sua genética – e compartilhada por eles – de nunca distribuir ao mercado produtos sem avaliação. Com a necessidade e a responsabilidade de manter a raça em evidência, para garantir os resultados no campo, a Grama criou mecanismos de identificação das melhores famílias a serem submetidas às biotecnologias de reprodução, como TE e FIV.
Foi assim que nasceu o programa Safiras do Senepol, que desde 2009 já avaliou mais de 2000 fêmeas jovens para transformá-las em doadoras certificadas em diversas características de grande importância econômica – envolvendo escore do trato reprodutivo, carcaça, eficiência alimentar, morfologia, população folicular, ganho de peso e frame.Tudo isto chancelado pela ciência, com o apoio de instituições e renomados pesquisadores de renome nacional e internacional, como: Embrapa, Unesp, Instituto de Zootecnia, Aval, Intergado, Coan Cosultoria, entre outras. Vale destacar que na área de avaliação eletrônica de eficiência alimentar, a Grama é hoje o maior centro privado da América Latina, com capacidade estática de 500 animais em avaliação.
Avolumou-se o rebanho de muitos parceiros espalhados por todo o Brasil e foram criadas, na própria Fazenda da Grama, ações comerciais que beneficiaram os envolvidos e o mercado em geral. Foram leilões que distribuíram produtos qualificados no programa, que já recebeu premiação internacional por sua relevância e de onde se descobriu, cientificamente, uma das grandes vantagens do Senepol como raça adaptada para funcionar no clima tropical.
Foi na Grama que um estudo da glândula sudorípara do Senepol explicou e fixou esse taurino caribenho como perfeito para trabalhar a campo em situações exigentes, vencendo questões como clima, condições de pastagens e riscos sanitários, graças à sua resistência a parasitos.
Outra iniciativa pioneira da Grama que ela dividiu com outros criadores, foi buscar em 2009 na ilha de Saint Croix, Ilhas Virgens, berço da raça, uma genética que serviria para dar ao Senepol brasileiro a conservação das características que a raça desenvolveu ao longo dos anos com linhagens dos dois lados da ilha (WC e CN), o que torna completos os animais nascidos a partir desse projeto Isla Senepol – e que tem toda essa pureza ainda produzindo em laboratórios dos Estados Unidos, onde a Grama mantém esse banco genético que mistura o seu rebanho no Brasil e ao de muitos clientes. Fora isso, a Grama foi também o sócio número 1 da Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos Senepol. Da Grama também foi o primeiro clone registrado de Senepol no mundo, TN 01, da doadora Loira da Grama. Esse e outros clones já produzidos na fazenda também passam pela qualificação do Safiras do Senepol, a fim de que, uma vez qualificadas, possam fornecer material genético para o mercado.
Por tudo isso, muitos selecionadores entraram para o Senepol pela porteira da Grama, que anualmente recebe centenas de visitas de criadores, técnicos e acadêmicos interessados em intercambiar genética, informações e experiências que acrescentem para todos os lados, como Júnior Fernandes sempre faz questão de salientar sobre as parcerias: “Todo mundo aprende todo dia e o final das contas tem sempre de ser o ganha-ganha, se não, não serve”.
Sempre foi assim na vida e no trabalho da família Fernandes, que de um campo de provas virou aprovação geral, com resultados expressivos para a pecuária e que muito tem contribuído para o avanço do Senepol no Brasil.
Assessoria de Comunicação