Grama Senepol vende 45 novilhas prenhes no leilão Grandes Famílias do dia 21 de maio

Se grandes rebanhos só são formados por famílias consagradas em produtividade, então o Leilão Virtual Grandes Famílias Grama Senepol oferece genética suficiente para gerar os melhores resultados nos campos do Brasil. É o que a Grama propõe com a oferta de 45 novilhas puras, precoces e prenhes no dia 21 de maio, terça-feira, 21 horas, pelo Canal Rural.

Novilhas a campo preparadas em oferta no leilão Grandes Famílias e com avaliações positivas no Geneplus/Embrapa. (Fotos: Assessoria de Comunicação grama Senepol)

Desde o ano 2.000 selecionando para funcionalidade e medindo todas safras, para identificar os melhores indivíduos encontrados no seu processo de melhoramento genético, a Grama fortaleceu o cruzamento industrial de novo no Brasil consolidando a raça que se tornou verdadeira ferramenta para produção de animais que trabalhem bem a campo.

Novilhas do leilão Grandes Famílias descendem de linhagens consagradas e saem prenhes do touro ZT 1700, neto de Sally SH, das maiores doadoras Senepol da história.

Todas as novilhas do leilão são avaliadas pelo Geneplus/Embrapa e levam o Registro Genealógico Definitivo. Descendem de consagrados nomes do Senepol brasileiro e mundial e ainda carregam no ventre prenhez de um touro altamente qualificado em todas as suas avaliações: ZT 1700, Top 0,5% no Geneplus e neto de Sally SH, uma das grandes doadoras da história da Grama e do Senepol brasileiro.

ZT 1700, touro Top 0,5% e neto da grande Sally SH, é o pai das prenhezes das 45 novilhas do leilão Grandes Família, dia 21.

Organizado pela Programa Leilões, com assessoria da S+ e chancela do Programa de Melhoramento Genético Senepol (PMGS), da ABCB-Senepol, o evento tem todas as suas informações no site http://leiloes.senepolmais.com.br/grandesfamilias2019/, ou no aplicativo da S+ para Android e iOS (baixe em Play Store ou App Store), onde estão todos os vídeos, genealogia e informações de cada lote, bem como as condições do leilão, que incluem parcelamento em 40 vezes e frete gratuito para a malha viária do Brasil.

Leilão Topázio Grama vende 64 touros por média de R$ 20,9 mil

O Senepol deu mais uma mostra da sua importância e aceitação na pecuária de corte do Brasil. O Leilão Virtual Touros Topázio Grama Senepol & Convidados vendeu no dia 7 de abril, domingo à tarde, pelo Canal Rural, 64 reprodutores pela expressiva média de R$ 20.900,00, a maior valorização da raça até então.

O mercado reconheceu a seriedade do programa Topázio e nos deixa a mensagem clara que preço e qualidade são binômios que andam atrelados e como mercado é soberano e implacável, respeitá-lo é condição única para o sucesso“, comemorou ao final do remate Junior Fernandes, da Grama e da S+, que assessorou o leilão e coordena junto com o Geneplus, da Embrapa, a prova chancelada pela ABCB-Senepol e que ocorre duas vezes por ano no CQG-Senepol, na Fazenda da Grama, em Pirajuí/SP.

O destaque absoluto do remate foi ZT 1876, nomeado Berilo da Grama (CN 550N x Grama 725 / Prosperity 12L), nascido em 02/05/2017, com 722 kg e 41,86 cm de CE. Berilo foi vendido para o Império Senepol, cujo proprietário Daniel da Imperial pagou R$ 130 mil em metade do reprodutor, valorizado em R$ 260 mil.

Touro ZT 1876 Berilo da Grama teve 50% vendidos por R$ 130 mil para Império Senepol, o que totaliza sua valorização em R$ 260 mil. (Foto: Assessoria de Comunicação Grama Senepol)

Outro destaque foi ZT 1880 (WC 98N x Andina da Grama TN1 / PRR 840ET), filho de um clone de Grama 904 nascido em 04/07/2017, com 712 kg 41 cm de CE, que teve 50% vendidos por R$ 46 mil (total de R$ 92 mil) para o Senepol Bela Manhã, de Cláudio Viero, de Naviraí/MS. Os dois touros foram contratados pela S+ para venda de sêmen.

O leilão ainda vendeu pelo valor médio de R$ 18 mil 10 bezerras de 14 meses que entrarão em maio para a edição 2019.1 do programa Safiras do Senepol, que também acontece na estrutura do CQG e é igualmente chancelado pela ABCB-Senepol.

Nas redes sociais, os criadores enalteceram o resultado final do leilão. Os convidados expressaram a admiração pelo trabalho da Grama, S+, Programa Leilões e dos leiloeiros Cláudio Gasperini e Guillermo Sanches.

Que leilão! O profissionalismo de toda a equipe fez toda diferença“, expressou Talita Garcia, da Bela Vista Senepol. “O mercado soube reconhecer o valor de animais diferenciados como os desse leilão brilhante“, acrescentou Hélton Gerônimo, do Senepol 2 Irmãos. “Uma honra termos participado das três edições do leilão e espero que continue assim, porque foi um show de animais top de linha“, escreveu Murilo Felício, do Senepol 3M. “Nós produzimos, medimos e a equipe de vendas fez a diferença com um trabalho cheio de responsabilidade e comprometimento, então o resultado não poderia ser diferente“, completou Celso Dionísio, do CD Senepol.

Gilmar Goudard, da Goud Senepol, novamente foi convidado para venda de touro no leilão e disse que sempre confiou nas avaliações e no nível de precisão da prova. “Isso nos dá a segurança de colocar no mercado esse tipo de ferramenta que, naturalmente, todo produtor tem interesse, a prova disso foi a liquidez e a valorização dos touros no leilão“.

Róbson Netto Rodrigues, da R3 Senepol, que fez o bicampeão da prova Topázio, reforçou a importância de se medir os animais. “A confiança que o mercado tem nos produtos que saem de uma prova como essa explica a valorização e, principalmente, a liquidez do leilão e isso só reforça a necessidade de avaliar para identificar cada vez animais melhoradores como esses“.

A próxima edição da prova começará simultaneamente ao Safiras, dia 20 de maio, com final previsto para 29 de setembro. Os melhores qualificados na estarão no Leilão Touros Topázio Grama Senepol & Convidados, em outubro deste ano.

Novo método ajuda a aumentar eficiência hídrica em bovinos de corte

Após dois anos de acompanhamento, os pesquisadores da Embrapa Gado de Corte (MS) avaliaram uma medida de eficiência no uso de água, chamada consumo hídrico residual (CHR), inédita na pesquisa nacional. O CHR é a diferença do consumo de água que seria esperado de um animal em relação ao consumo que ele realmente utilizou. Sua aplicação pode se somar aos estudos em pegada hídrica e melhoramento genético, por meio de avaliações genéticas, e aprimorar a avaliação dos animais considerando o consumo de água de cada um deles.

Há variabilidade em eficiência de água? Há associação com outras caraterísticas? Qual a relação do ganho de peso com consumo de água? Foram vários questionamentos que buscamos responder, pois as pesquisas sobre a ingestão individual de água são escassas e conseguimos algumas respostas, assim como chegamos ao CHR”, afirma o pesquisador da Embrapa em nutrição animal, o zootecnista Rodrigo da Costa Gomes. O CHR serve para tirar qualquer influência do peso e do ganho de peso do animal no consumo. “É uma medida que nos ajuda a explicar possíveis diferenças no metabolismo e no comportamento do animal e nos leva a encontrar indivíduos que são mais ou menos eficientes no uso da água”, esclarece ele, contando que os primeiros trabalhos com os métodos foram feitos na França e nos Estados Unidos.

Avaliação com bebedouros eletrônicos

Durante o experimento realizado em uma propriedade do interior de São Paulo (SP), com fêmeas da raça Senepol, a medição do consumo de água foi feita por meio de bebedouros eletrônicos instalados em confinamento e os resultados apontam que os animais menos eficientes, com alto CHR, consomem em média 28,6 litros diários, já os eficientes, 21 litros. Uma diferença de 24%. As medições também propiciaram o cálculo da quantidade de água que cada animal necessita ingerir para ganhar um quilo de peso. Animais de menor eficiência hídrica consumiram 35,5 litros para cada quilo de peso vivo ganho. Os mais eficientes precisaram de apenas 26,6 litros para ganhar um quilo de peso por dia, diferença de 25%.

Os dados mostram que existe diferença entre os animais em relação à eficiência na utilização da água, sendo possível classificá-los em índices de CHR alto, médio e baixo. Bovinos de corte com alta eficiência hídrica apresentam tendência a diminuir o consumo de água ao redor de 25%, sem afetar o ganho de peso. Outro destaque é que os animais com baixo CHR, além de consumirem menos água, consomem menos matéria seca (MS). Consequentemente, observa-se que os animais com melhor eficiência hídrica também demonstram melhor eficiência alimentar.

Variação no consumo de água

Consumo de Água

Os estudos chegaram à carcaça, o quanto o animal é musculoso e deposita gordura, e não houve diferença em nenhuma das medidas entre os animais de alta e baixa eficiência. Os bovinos com melhor eficiência não tiveram prejuízo na qualidade da carcaça, o que é bastante positivo, já que há uma preocupação do produtor rural e da indústria frigorífica em relação à qualidade da carne produzida”, completa o zootecnista da Embrapa.

Melhoramento genético a partir de CHR

A identificação do CHR permitiu aos pesquisadores da Embrapa levar o conceito para o melhoramento genético, avaliando seu potencial de resposta à seleção e sua associação genética com outras características importantes, destacando-se a eficiência alimentar. Esse trabalho pioneiro para o gado Senepol no mundo indicou que a seleção para animais com melhor eficiência alimentar também pode levar ao progresso genético para a hídrica. Apesar de a água ser frequentemente considerada um fator irrelevante na produção de gado de corte, o aumento de sua eficiência pode ser estratégico.

O melhorista da Embrapa Gilberto Menezes espera que o progresso genético para a eficiência hídrica seja superior ao da eficiência alimentar, diante dos valores estimados para as herdabilidades. Ele explica que o consumo de ração e a eficiência em seu uso podem ser melhorados geneticamente pela seleção de animais para consumo e eficiência hídrica, de forma menos onerosa.

Estimativas de herdabilidade (diagonal), correlação fenotípica (abaixo da diagonal) e correlação genética (acima da diagonal) para as características estudadas

1 GMD, ganho médio diário; CMDR, consumo médio diário de ração; CDMA, consumo médio diário de água; CAR, consumo alimentar residual; CHR, ingestão de água residual. 2 erro padrão.

Na fazenda da Grama (SP), onde os bovinos estavam em avaliação no Programa Safiras do Senepol, o criador Júnior Fernandes aposta no melhoramento para o aumento do desempenho na pecuária de corte em busca de produtividade. “O uso adequado de tecnologias como essa é a saída para ganhar tempo, eficiência, resultado positivo e sustentabilidade. Na propriedade, o rebanho PO Senepol de Fernandes tem dados analisados tanto em relação à eficiência hídrica quanto à alimentar e ele integra o Programa Embrapa de Melhoramento Genético de Gado de Corte (Geneplus).

Pegada hídrica possibilita melhor gestão da água

Os especialistas acreditam que por meio do CHR é possível ainda diminuir a pegada hídrica. Isso é possível por meio da redução na quantidade de matéria seca consumida pelo animal, tornando-se uma reação em cadeia, uma forma indireta de colaborar.

Mas o que é Pegada Hídrica? É a quantidade de água, direta e indiretamente, usada na produção de um produto. Segundo o pesquisador Julio Palhares, da Embrapa Pecuária Sudeste (SP), é calculado o volume usado desse recurso até o produto estar disponível ao consumidor. Por exemplo, para conhecer a pegada hídrica da carne, leva-se em consideração toda a água usada no processo, desde a quantidade consumida para produção do alimento dado ao animal até a empregada no abate. Em um sistema de produção há consumos categorizados em três tipos: de água azul, verde e cinza (veja quadro abaixo).

Os tipos de consumo hídrico

Água Verde Água Azul Água Cinza
Calculada a partir da evapotranspiração das culturas vegetais. A água verde é entendida como um uso indireto de água. Ela representa a água consumida na produção das culturas vegetais e água contida nesses produtos. Para reduzir a pegada hídrica verde é possível aumentar a produtividade das culturas por meio do aperfeiçoamento das práticas agrícolas. Refere-se ao consumo de fontes superficiais e subterrâneas. Nas unidades de produção animal esse consumo pode se dar pela irrigação, nos serviços de limpeza e no consumo direto do animal. Volume de água necessário para assimilar a carga de poluentes que atingem os corpos d’água de forma pontual ou difusa. A correta utilização de insumos como fertilizantes e agroquímicos reduzirá a pegada hídrica cinza.

 

O cálculo é complexo e o resultado, geralmente, alto. “Saber o valor da pegada pode colaborar para evitar o desperdício e melhorar a gestão da água. O objetivo é quantificar o consumo para melhorar a eficiência hídrica”, explica.

Com a identificação dos pontos críticos é possível intervir e reduzir o valor da pegada no sistema de produção. O produtor deve adotar práticas hidricamente corretas para manter-se competitivo e fazer com que a produção agropecuária seja sustentável. Com isso, além da melhor gestão da água na propriedade, preservam-se os recursos naturais.

O impacto de práticas hidricamente corretas tem reflexos positivos em toda a cadeia de produção até o consumidor final. É produzida igual ou maior quantidade de carne ou leite, por exemplo, com menos litros de água.

Além da seleção

Todo esse estudo integra um grupo de projetos da Embrapa denominado MaxiBife, que visa maximizar o progresso genético de bovinos de corte. A iniciativa, liderada atualmente por Gilberto Menezes, reúne Unidades da Empresa e diversas instituições parceiras e mais de 60 pesquisadores e colaboradores de apoio.

Photo: Assessoria Grama Senepol
Photo: Assessoria Grama Senepol
Photo: Assessoria Grama Senepol
Photo: Assessoria Grama Senepol
Photo: Assessoria Grama Senepol

FONTE: https://www.embrapa.br/en/busca-de-noticias/-/noticia/42149541/novo-metodo-ajuda-a-aumentar-eficiencia-hidrica-em-bovinos-de-corte?fbclid=IwAR25fLz3RXyoTb8Zx3v080pQBq87vngFOCeSpwTD3pTmlxp8AtcachUPVA0