Botijão da Grama 16 Anos é entregue como um troféu

 

Pedro Crosara (centro) recebe dos técnicos da S+ Alex Marconato (esq.) e Luciano Aranha o botijão que ele considera “uma dádiva”.
Pedro Crosara (centro) recebe dos técnicos da S+ Alex Marconato (esq.) e Luciano Aranha o botijão que ele considera “uma dádiva”.

“Comprei uma liberdade genética”. Assim Pedro Crosara Gustin resumiu em forma de comemoração a compra do lote 1 do Leilão Grama 16 Anos e Convocados, no dia 8 de abril, em Lins/SP. O botijão decorado contendo 160 doses de 64 raçadores mundiais do Senepol foi entregue a ele em Uberlândia/MG, dias depois do leilão, pelos gestores Alex Marconato e Luciano Aranha. Foi como um troféu para Pedro Crosara, que é do Senepol Santa Luzia e presidente do Conselho Deliberativo Técnico da ABCB-Senepol.

“Não se encontra em leilão nenhum no mundo uma oportunidade como essa e, como técnico, acho mais válido pagar esse valor num pacote como esse do que comprar uma, duas ou três doadoras”, afirma Pedro Crosara.

Ele e o criador Marcelo Toledo, de Rio Verde/GO, dividiram a compra do botijão, pelo qual pagam R$ 73.500,00. Toledo entrou há dois anos na raça, investindo em doadoras Santa Luzia e agora vai desfrutar de uma genética que leva junto o conhecimento de Crosara na seleção de Senepol.

Quando comparou com a compra de doadoras, o titular da Santa Luzia quis dizer que sua base genética de doadoras é ampla o suficiente para se tornar “completa” com tanta variabilidade que chega na forma de sêmen de tantos touros raros e consagrados. “A Santa Luzia tem como estratégia fazer o próprio gado, já tenho alguns moldes genéticos, que são nossas doadoras, e agora, com essa variedade toda, vamos poder construir nossas próprias linhagens”, explica. “Esse lote foi uma dádiva oferecida ao mercado pela Grama e desde que surgiu a notícia da venda eu já tinha colocado na cabeça que iria até o fim para comprá-lo”. Assim também ele disse que será com Marcelo Toledo, que tem agora 64 possibilidades de melhorar algumas características do rebanho.

“Ainda existe um pouco mais de 5% de consanguinidade dentro do Senepol no Brasil e essa ferramenta que arrematamos me dá a opção de ir eliminando isso com muita correção, para o rumo que a gente quiser”.

Para a Grama Senepol, o botijão ter sido arrematado por um profundo conhecedor do Senepol e selecionador com tanta credibilidade só deixa o criatório mais satisfeito em ter aberto seu banco genético. “Para nós é uma honra saber que essas 160 doses vão contribuir demais com o melhoramento genético da raça na mão de alguém que vai saber utilizá-las com tanto critério”, conclui Júnior Fernandes, da Grama.